Paulinho Delgado: “Só serei de novo candidato a prefeito de minha cidade se entender, no momento certo, que poderei mais uma vez fazer a diferença”
Questionado sobre um eventual convite para assumir alguma função no Governo do Estado, Paulo ressaltou “essa é uma decisão que vou tomar juntamente com minha família”.
Poucas horas após a confirmação da eleição de João Doria ao Governo do Estado, o jornalista Gabriel Bagliotti, manteve contato com o ex-prefeito José Paulo Delgado Junior, o Paulinho Delgado, que desde que encerrou seu mandato como prefeito de Taquaritinga vem exercendo assessoria ao atual deputado Rodrigo Garcia, futuro vice-governador de São Paulo.
Em um bate-papo franco e sincero Paulinho respondeu a diversos questionamentos feitos por Bagliotti. Em um deles, o ex-prefeito foi taxativo em afirmar que “Só serei de novo candidato a prefeito de minha cidade se entender, no momento certo, que poderei mais uma vez fazer a diferença”.
Além desta afirmação, questionado sobre um eventual convite para assumir alguma função no Governo do Estado, Paulinho afirmou que “essa é uma decisão que vou tomar juntamente com minha família”.
Acompanhe o bate-papo com o ex-prefeito:
O Defensor – O senhor entrou de corpo e alma na campanha eleitoral para eleger João Doria como governador de São Paulo. A votação do candidato em Taquaritinga, na sua opinião, agradou ou era esperado mais pelo trabalho realizado?
Paulinho Delgado – Realmente entrei de corpo e alma na campanha em prol de João Doria para governador por dois motivos bem claros: primeiro porque tenho a convicção de que ele neste momento é o melhor para São Paulo, porque é um político moderno, gestor por excelência e que tem uma proposta liberal para o desenvolvimento do Estado através de Parcerias Público-Privadas, deixando assim o Estado mais enxuto para investir pesado na educação, na saúde e na segurança pública; e também porque Doria tem como vice o atual deputado Rodrigo Garcia, com quem trabalhei em São Paulo ao longo dos últimos cinco anos e sei de sua competência. Rodrigo é indiscutivelmente um dos homens públicos mais preparados do País e que muito já fez por Taquaritinga, pela região e pelo Interior. Sendo agora vice-governador, com certeza poderá fazer muito mais. Quanto ao resultado do pleito em Taquaritinga, só tenho que agradecer à população de minha cidade. A votação de Doria-Rodrigo Garcia foi espetacular e os números do Estado comprovam isso. Ganhamos bem no primeiro turno e, no segundo turno, tivemos mais de 60% dos votos válidos.
O Defensor – Paulo, o senhor foi um dos prefeitos que mais conquistou recursos através do Governo Estadual. Na sua visão, como ex-prefeito e um dos principais líderes da política local, o que Taquaritinga tem a ganhar com a eleição de João Doria e Rodrigo Garcia?
Paulinho Delgado – Vai ganhar muito. Me orgulho das conquistas e realizações que, como prefeito, obtive junto aos governadores Geraldo Alckmin e José Serra. Foram inúmeras e importantíssimas e estão aí para todos verem: o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) só recentemente inaugurado na Vila Rosa, a duplicação da Via de Acesso à Rodovia Washington Luís, a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (sem a qual nenhum novo loteamento poderia ser empreendido na cidade), a duplicação da SP-333 entre Taquaritinga e Jaboticabal, os edifícios de apartamentos da CDHU na Vila Sargi, o recapeamento asfáltico de todas as nossas rodovias vicinais e outras tantas. Em todas essas obras nós tivemos a participação direta do Rodrigo Garcia. Portanto, agora como vice-governador, não tenho dúvida em afirmar que Taquaritinga só terá a ganhar.
O Defensor – Nos últimos dias o senhor fez diversos contatos e muitas visitas e pode sentir os anseios da população de Taquaritinga, inclusive com uma possível volta sua ao Paço Municipal “José Romanelli”. Com a eleição de Doria pode-se dizer que Paulo Delgado é candidato a prefeito nas próximas eleições municipais?
Paulinho Delgado – Sinto-me profundamente lisonjeado com o carinho e o apoio já claramente manifestado pela população de Taquaritinga em meu favor, mas, com toda sinceridade, não é hora ainda de se decidir sobre tal questão. Sendo absolutamente franco, não tenho a vaidade de ser prefeito de novo apenas por voltar a ser prefeito. Fiz um trabalho do qual muito me orgulho e, graças à Deus, consegui modestamente incluir meu nome na história de Taquaritinga, mesmo sofrendo todo tipo de perseguição. Só serei de novo candidato a prefeito de minha cidade se entender, no momento certo, que poderei mais uma vez fazer a diferença. Quero, no entanto, sempre poder contribuir para o desenvolvimento de Taquaritinga.
O Defensor – Desde que encerrou o seu mandato como chefe do Executivo, o senhor sempre esteve ligado diretamente com o agora vice-governador eleito Rodrigo Garcia, exercendo seus trabalhos diariamente. Você sente que, apesar de ter ficado distante de Taquaritinga, terá facilidade em reunir novamente um forte grupo político para enfrentar uma nova eleição municipal?
Paulinho Delgado – É verdade que mesmo nunca tendo deixado de residir em Taquaritinga, por conta das funções que assumi em São Paulo, acabei ao longo de cinco anos ficando semanalmente, de segunda a sexta-feira, trabalhando na Capital, onde ganhei experiência e maturidade. E esta é a maior prova de que, como disse anteriormente, nunca tive como objetivo de vida a intenção de voltar a disputar uma eleição municipal em Taquaritinga. Quanto à formação ou não de um forte grupo político visando um novo pleito, isso sinceramente não me preocupa. Uma coisa é consequência da outra. Só eventualmente serei candidato a prefeito se de fato for este o anseio da maior parte da população de nossa cidade.
O Defensor – Poucas horas após a vitória de João Doria e Rodrigo Garcia, o futuro governador de São Paulo já anunciou que o próprio vice-governador eleito irá cuidar do governo de transição. Caso seja convidado a participar do governo Doria/Garcia, o senhor aceitaria?
Paulinho Delgado – A eleição ocorreu há menos de uma semana e nada conversamos sobre isso. Na única conversa que tive esta semana com o vice-governador eleito Rodrigo Garcia apenas o cumprimentei pela vitória. Sobre um eventual convite para assumir qualquer função junto ao Governo do Estado, essa é uma decisão que vou tomar juntamente com minha família. Tenho 58 anos e qualquer trabalho fora de Taquaritinga, embora gratificante, exige abnegação e sacrifício.