14 de dezembro de 2024
DestaquesGeralNossa Palavra

Nossa Palavra – Ele foi Sincero!

Mesmo quem não concorda com as ideias obtusas do novo presidente da República Jair Bolsonaro, há de convir: ele (que em janeiro vai substituir o malfadado Michel Temer, de triste memória) não tem meias palavras para expressar o que pensa: fala sempre verdades, queira o povo concorde ou não. O novo presidente, creia, caiu nas graças da população por conta disso exatamente.

Com os eleitores cansados de mentiras e engambelação, lamentavelmente o PT (Partido dos Trabalhadores) foi cheio disso nos últimos anos, era preciso exatamente um mito (sinal que Bolsonaro passou a ser identificado, além de capitão), conduzindo as massas populares, como um messias –  sem trocadilho – para um Novo Brasil, livre do comunismo (?) e dos defeitos inerentes da esquerda imoral e pecaminosa. Só os cegos não viam isso na campanha eleitoral. Imobilizado pelas próprias falhas que acabou gerando, o PT (condenado pela corrupção e distante das periferias) estava fadado a perder as eleições para um qualquer salvador da pátria que aparecesse, desde que não fosse mentiroso.

Jair Bolsonaro transparecia verdades, fala inclusive o que o povo quer ouvir. Como o novo presidente (que foi eleito pelo PSL – Partido Social Liberal, até então um partido desconhecido) é extremamente transparente, apesar de não ser afável, o que seu adversário, Fernando Haddad, tinha de sobra. O capitão (é lógico) fala asperamente a língua militar, mas foi sincero em seus pronunciamentos. Era o que a Nação precisava ouvir e ofereceu-lhe uma simpatia jamais vista para o novo Presidente.  Pela sua transparência e pela claridade que demonstrou, o resultado do pleito não poderia ser outro. Foi juntada a fome e a vontade de comer de um povo carente que há muitos anos foi subjugado pela elite de uma esquerda que se julgava absolutamente dona da verdade e pagou caro por isso.

O PT se esqueceu da primeira lição marxista-leninista: os trabalhadores têm que ser os próprios protagonistas de sua história. Não é apenas uma classe dominante que vai ditar regras para os dominados. Um dia eles quebram seus grilhões e escrevem sua página vitoriosa no livro de memórias. O ex-presidente Lula sabia disso, mas fingiu que esqueceu os ensinamentos da autocrítica e da dialética científica. Tomou uma lavada e ainda foi preso. Um dia, com certeza, ele aprende a respeitar a roda da história, senão ela passará por cima de seu corpo e ninguém irá lhe socorrer, nem mesmo seus correligionários. O destino é mesmo implacável, é inexorável.

E ai de Jair Bolsonaro se pretender engambelar também seus seguidores. A população não aceita mais servir de massa de manobra, de fantoche para salvadores de pátria viverem suas aventuras, como aconteceu em passado não muito distante, Nós aqui de O Defensor, democratas e patriotas como sempre o fomos, profundamente defensores de nossas riquezas e ambiente, torcemos para que caminhos tomados pelo novo Presidente sejam os corretos e que eles desemboquem numa clareira de luz, progresso e desenvolvimento. A população não aguenta mais tanta escuridão e clama por sinceridade, transparência e honestidade intelectual. Essas são as virtudes que já são inerentes ao capitão, o chamado “mito” pelas camadas mais ou menos instruídas do povo.

Fica aqui, entretanto, um alerta aos fanáticos adoradores do bezerro de ouro: do mesmo modo que o PT errou ao endeusar o ex-presidente Lula, num culto à personalidade sem precedentes desde que Joseph Stálin foi colocado pelo Partido Comunista (PC) como “pai dos povos”, não podemos acreditar que Bolsonaro, como num toque de mágica, possa transformar o país num celeiro de riquezas e que empregos brotarão do chão como tiriricas. O trabalho vai ser árduo e vamos precisar orar muito e com muita fé para que o objetivo seja alcançado. A bancada de apoiadores não pode cochilar. Principalmente a evangélica.