17 de novembro de 2024
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Nossa Palavra: só com Justiça, a Paz é possível

Não temos Paz neste país brasileiro porque somos extremamente desiguais. Vivemos os extremos: poucos têm muito e muitos não têm nada. Isso gera uma profunda injustiça social ultimamente. Politicamente, o pobre é utilizado como massa de manobra para beneficiar os milionários. Eles só vão ao encontro do pobre, só se preocupam com a questão social (inclusive religiosamente) em momentos de necessidades.

Hoje vivemos um país estrategicamente dividido: os que se dizem a favor do bem e os que se dizem contra o mal. Na verdade, todos se preocupam com a questão social e buscam solução para problema da desigualdade. A desigualdade, todavia, é gerada pela injustiça. É uma postura mais que política, é uma postura evangélica ficar ao lado dos pobres. Desde quando os cristãos, seguidores de Jesus, fizeram sua opção preferencial pelos pobres, o Evangelho é essencialmente Justiça. Nós nos sentimos iguais, pois somos filhos de Deus, porque somos todos irmãos no planeta Terra.

Então não devíamos estar divididos como estamos, mas unidos em um só coração, mesmo na diversidade de opiniões e pensamentos de hoje em dia. Contudo intolerância e conservadorismo prevalecem em Taquaritinga e poucos são os que admitem os debates e as divergências. Porém, o Evangelho mostra até claramente a preocupação de Jesus Cristo pelos problemas sociais.

E é esse caminho que deveríamos seguir: contra a injustiça, desigualdade, os doentes, os pobres e os discriminados por qualquer situação social. São hipócritas os que desdém dos cristãos por suas intervenções junto a doentes, às prostitutas, aos leprosos, aos ignorantes e aos milhares de ofendidos. O Reino dos Céus começa pelo Reino da Terra. Por isso, não podemos excluir o lado material do Reino da Terra do lado espiritual do Reino dos Céus, como não podemos separar o Bem e o Mal, como o fazem os caciques na política nacional.

Hoje, portanto, nossa preocupação é mostrar que o nacionalismo exacerbado de alguns candidatos – aqueles que defendem o voto de cabresto, o voto comprado e o voto na bala – não só é uma contradição com os valores do cristianismo, como também reforça a situação de desigualdade de injustiça e de miséria no país.

Como Taquaritinga é município com 90% de cristãos, não podemos (nós cristãos) defender os direitos humanitários apenas na retórica, com as suas fórmulas declaratórias, e sim na prática. Isso vale também para as eleições e para os problemas de ordem social, pois só com Justiça existirá Paz.

De que adiantaria crer na vitória do Bem, se não se trilhar o caminho da correição?