14 de novembro de 2024
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Nossa Palavra: Às mães, nossas homenagens

Apesar das más notícias que circulam em Taquaritinga, este O Defensor não pode se furtar em abordar assunto que mexe com os sentimentos de qualquer um: o Dia das Mães, comemorado neste segundo domingo do mês de maio (13), em que também se celebra o Dia de Nossa Senhora de Fátima.

Poderíamos teclar no impasse do reajuste salarial 2018 dos servidores municipais ou até mesmo da aquisição de um carro híbrido Prius da Toyota por R$ 120 mil da Stéfani Motors pela Prefeitura Municipal. Poderíamos comentar que o Ministério Público (MP) abriu inquérito sobre compra de túmulos nos cemitérios ou mais um vexame do Clube Atlético Taquaritinga (CAT), do técnico Vitor Mosca domingo em Votuporanga contra o José Bonifácio.

Seriam manchetes que estampariam a primeira página de qualquer jornal medianamente inteligente. As mães, todavia, superam essa racionalidade humana e trazem à tona o sentimento de devoção e fraternidade universal. As mães são anjos revestidos de amor e bondade e, portanto, merecem que se fale delas pelo menos uma vez por ano.

Já se disse que todos os dias deveriam ser Dia das Mães, mas escolhemos este domingo para lhe trazer em especial a homenagem merecida. Numa época tão difícil em que os filhos não obedecem (e até assassinam) as mães e em que as mães rejeitam e abortam filhos recém-nascidos, não lhes dando o carinho e o conforto que necessitam, é preciso reflexão. E não só reflexão: é necessária uma ação social que reestruture as famílias, unindo o útil ao agradável, a mãe ao filho, o coração ao cordão umbilical. Não estamos mais unidos uns aos outros.

Se as próprias mães não estão mais unidas aos filhos e vice-versa, imaginem as famílias diferentes entre si. É um pega-pra-capar que não tem tamanho. Depois das nossas, das pessoas com 60 anos ou mais, as gerações se chafurdaram no mais horrendo dos lamaçais, do sexo transviado, das drogas más (se é que existem as boas), da liberdade que não tem limite. As mães, sem dúvida, exercem um papel fundamental na comunidade atual, ao contrário dos pais que até um certo ponto eram o esteio da família. São ainda, convenhamos, mas perderam um espaço considerável na educação dos filhos.

Ao dar esse testemunho filial, o Jornal O Defensor não pode deixar de mencionar as avós, cujas figuras emblemáticas representam a mãe em dobro. São aquelas que permitem tudo aos netos, sempre com um sorriso nos cantos dos lábios. Quem não se recorda da torta de maçã, do bolo de milho verde, do pudim de doce de leite?

As mães hoje são guerreiras, labutam no dia a dia para alimentar seus filhos. Trabalham em casa e fora de casa, algumas até estudam. São discriminadas (no trabalho e no salário) pelo machismo chauvinista que nos rodeia. São “cantadas” nas ruas, nos ônibus, nas empresas, nas faculdades e até mesmo dentro de casa. Se forem à luta, também podem ser assassinadas: lembrem-se do caso Marielle Franco.

Como vocês vem, a situação das mulheres que são mães não é tão diferente das que costumamos observar nos noticiários policiais e políticos. E lá como cá os prefeitos também podem perfeitamente consertar o que há de errado. É questão cultural e social que só pode ser zerada quando for zerada a desigualdade social.

Portanto, parabéns às mães que geraram seus filhos e os criaram com o trabalho de seu rosto. Essas mães que não quedam diante dos obstáculos, que não se curvam diante dos poderosos, que não se calam diante das ameaças e das injustiças. Essas mães que protegem seus filhos até nas barras dos tribunais e fazem as leis de escudo para a transformação do próprio homem e da humanidade, do ser humanista.

Como disse o papa Francisco, as mães solteiras são solteiras, mas são mães. Então devemos respeitá-las. Às mães, casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, nossos respeitos. Parabéns por serem mães, parabéns por serem mulheres, parabéns por serem guerreiras!