Coletores de lixo põem a boca no trombone e fazem reivindicações
Eles dizem que caminhões de coleta não têm manutenção frequente.
Dois dias depois do prefeito de Taquaritinga, Vanderlei Mársico, acenar em seu programa de rádio com uma provável terceirização da coleta do lixo na Cidade e garantir que alguns dos caminhões estão em condições de fazer o recolhimento, um dos representantes dos lixeiros (identificado como José Luís) compareceu no programa de Auro Ferreira (Mensagem FM) na segunda-feira (15) para apresentar uma lista de reivindicações da categoria ao chefe do Executivo. Reclamando que não tem apoio, ele solicita uniformes, luvas e materiais recicláveis. “Se um coletor se machuca no serviço, ele é penalizado, chegamos até a perder o Cartão Alimentação”, esbraveja.
As más condições de trabalho dos coletores de lixo chegou a ser comentada pela presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais , Maria Angélica Tiossi Boer. Ela confirmou que a situação vem desde a gestão 2016. Angélica lembra que o prefeito anterior (Dr. Fúlvio Zuppani) tentou mudar algumas conquistas dos trabalhadores do setor, no que foi impedido pela ação sindical de colocar os caminhões de lixo na frente da Prefeitura e buscar um diálogo com o chefe do Executivo. Frente às denúncias dos servidores, nesse ínterim, o Sindicato já oficializou a administração sobre os problemas que, inclusive, já colocam em risco a saúde dos funcionários da coleta de lixo.
De acordo com Angélica realmente a situação dos caminhões de lixo é séria e precária (ela lembra que dois servidores já morreram por causa disso). Mas não é só isso: no processo que está correndo consta que os sapatos que os lixeiros usam também são inadequados. Já foi feita inclusive licitação para a compra de calçado apropriado, mas até agora nada foi providenciado na parte administrativa. Se o processo não deslanchar, o envolvimento terá que ser judicial, inclusive dentro da emenda impositiva dos vereadores. Primeiro é necessário saber a segurança e forma de trabalho dos coletores como estão.
Além do uniforme, os funcionários públicos consideram prioritária a utilização de luvas descartáveis dados os contatos que eles mantêm com materiais de contaminação imediata. Os coletores de lixo também pedem um mínimo de segurança no transporte que utilizam no trabalho (caminhões sem manutenção) e contam com apoio do sindicato da categoria. Até terça-feira (dia 16) a administração municipal não tinha se manifestado a respeito. Eles (os lixeiros) pedem muito pouco: só condições de trabalho.