25 de novembro de 2024
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Endometriose: os sintomas da doença que afeta 7 milhões de mulheres

Segundo especialistas, a doença vem crescendo por conta das mudanças no modo de vida do sexo feminino.

Um problema que tem se tornado comum entre as mulheres é a endometriose. O sangue da menstruação se espalha pela cavidade abdominal e é absorvido pelos órgãos, criando vários nódulos. O organismo começa a combater este corpo estranho e inicia um processo inflamatório, que gera muita dor. Este quadro ocorre com cerca de 7 milhões de brasileiras, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde.

Segundo especialistas, a doença vem crescendo por conta das mudanças no modo de vida do sexo feminino.

“As mudanças comportamentais das mulheres, como adiar a gravidez, favorecem o aparecimento e o crescimento da endometriose. A exposição ao estrogênio, também aumentam as chances. Nossa alimentação é muito rica em hormônio feminino”,  explica Claudio Crispi.

O diagnóstico da doença costuma ser demorado, já que pacientes e ginecologistas nem sempre estão atentos aos sintomas (veja os principais ao lado).

“Para descobrir a endometriose é preciso fazer ultrassonografia e ressonância magnética especializadas. Se o médico não pensa na possibilidade de a doença existir, não identifica. Na nossa prática, cerca de 30% das pacientes fazem seu próprio diagnóstico e pedem ao médico os exames”,  revela Marco Aurélio Oliveira, outro organizador do simpósio.

A endometriose prejudica o funcionamento dos órgãos que afeta e é a causa de metade dos quadros de infertilidade feminina no mundo.

O tratamento da endometriose pode ser com medicamentos ou cirurgia. Apesar de mais invasivo, especialistas recomendam que o procedimento cirúrgico seja realizado, principalmente se a mulher quiser engravidar.

“A cirurgia elimina o foco da doença, e ainda não existe nenhuma medicação que faça isso. O remédio é um quebra-galho para a mulher que tem dor, pois impede o avanço do nódulo. Mas eles são à base de contraceptivos e impedem a gravidez”, relata Marco Aurélio.

Claudio Crispi considera um erro, no entanto, submeter a mulher a inúmeras cirurgias: “Deve haver uma remoção completa da doença. Se ficar algum nódulo, ele volta a crescer. Submeter uma mulher a várias cirurgias aumenta as chances de lesões e infecções.”

Os sintomas

– Cólica muito forte durante o período menstrual

– Dor na vagina durante a relação sexual

– Dor pélvica contínua nos períodos em que a mulher não está menstruada

– Prisão de ventre ou diarreia no período menstrual

– Dor para evacuar

– Sangramento nas fezes

– Dor para urinar e sangramento na urina

– Dificuldade para engravidar

 

 

 

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