Motociclista leva 30 pontos no rosto após ser cortado por linha com cerol: ‘Armadilha’
O músico Leriston Bolognezzi Leão ainda não consegue se alimentar direito e fala com dificuldades dois dias depois de ter o rosto cortado por uma linha com cerol enquanto passava de motocicleta por uma rua de Monte Alto (SP).
Depois do susto e de quase ter o pescoço cortado, ele levou 30 pontos e alerta os motoristas para o uso indiscriminado do material entre quem costuma soltar pipa. “Que armadilha”, afirma.
A Polícia Civil registrou o caso como lesão corporal e investiga o responsável pela linha de cerol, de uso proibido.
Linha com cerol
Leão passava de moto por uma rua de Monte Alto quando foi surpreendido por um objetivo que lhe machucou de imediato. Assim que percebeu o que se tratava se jogou no chão para tentar amenizar os ferimentos.
“Percebi que era uma linha de pipa porque ardeu na hora aquela fisgada que deu. A hora que passou por mim, que fisgou, eu senti: é linha de pipa. A hora que percebi que era linha de pipa me joguei no chão”, afirma.
Como ele estava com o capacete aberto, a linha enroscou na região próxima à boca em vez de ir direto para o pescoço, onde os ferimentos seriam mais graves. “A minha sorte é que travou aqui e consegui já soltar dela.”
Foi essa reação do corpo a primeira a ser avaliada por ele na primeira reação após a queda. Logo ele percebeu que o corte tinha sido um pouco acima, sobretudo nos lábios, mas por pouco não atingiu um vaso sanguíneo na região do pescoço.
“Eu pus a mão no pescoço, primeira coisa, e o sangue estava demais já. Quando pus a mão no pescoço e vi sangue eu estava só esperando terminar os momentos ali, mas comecei a respirar, comecei a ver que não tinha corte e pus a mão na boca, só tinha dente, a pele inteira se abriu”, relata.
Depois do acidente, ele afirma que a única maneira de um motociclista se proteger de situações como essa é instalando uma antena na dianteira da moto.
“É difícil falar, primeiro, quem vai empinar pipa sem cerol? Ninguém. Ninguém empina pipa por diversão, ninguém. É um jogo, uma disputa. A pipa no ar é uma disputa com a outra. Quem ganha? Quem tem o cerol mais forte. Infelizmente não tem o que fazer se não tiver uma fiscalização rígida”, lamenta.
*Com informações G1.com