Seis meses após jovem ser achado morto, família ainda tenta enterrar corpo em Cravinhos
Restos mortais encontrados carbonizados estão no IML porque exame de DNA foi inconclusivo
Quase seis meses após o corpo de Itaberli Lozano ser encontrado carbonizado em um canavial em Cravinhos, a família ainda não sabe quando conseguirá enterrá-lo. Isso porque, apesar de a Polícia Civil garantir que os restos mortais são do jovem, o exame de DNA foi inconclusivo e o laudo do segundo teste realizado não tem prazo para ser divulgado.
Segundo as investigações, o jovem foi morto pela mãe dentro de casa e com a ajuda de outros três jovens. Em seguida, ela e o marido, padrasto da vítima, queimaram o corpo em uma plantação às margens da Rodovia José Fregonesi. Todos os suspeitos estão presos.
Desde que os restos mortais foram encontrados em janeiro, permanecem no Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto. O primeiro exame de DNA, feito com material da mãe, foi inconclusivo. Para a polícia, o estado avançado de decomposição prejudicou o exame. Um novo teste foi realizado há duas semanas, dessa vez com material recolhido do avô paterno.
O caso segue sob sigilo de Justiça. Para o Ministério Público, a mãe do jovem, Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos, deve ser julgada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e homofobia: em postagem dois dias antes de ser morto, Itaberli diz ter sido agredido pela mãe por ser gay.