Indústria paulista gera 8,5 mil vagas de emprego em abril, aponta Fiesp
Setor de açúcar e álcool geral 7,7 mil vagas e impulsiona resultado do mês
De acordo com os dados da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), divulgada nesta quarta-feira (17), o nível de emprego na indústria paulista fechou o mês de abril no positivo, impulsionado pelo setor de açúcar e álcool.
Em abril foram gerados 8,5 mil postos de trabalho, alta de 0,39% na comparação com o mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Com ajuste, há recuo de 0,29% no mês. Em março, o saldo foi de 9,5 mil contratações.
O segundo mês consecutivo de resultado positivo segue sob a forte influência do setor sucroalcooleiro, cujas contratações estão aquecidas por conta do período de safra agrícola. Neste mês de abril, as usinas contrataram 7.673 trabalhadores. No acumulado do ano, o nível de emprego na indústria paulista segue positivo, com a geração de 21 mil vagas, alta de 0,97%, ainda na série sem ajuste sazonal.
Apesar de os dados parecerem favoráveis, o diretor titular do Depecon Paulo Francini observa que “não há otimismo e recuperação para o emprego na indústria. O resultado ainda segue embasado pela geração de postos de trabalho no setor de açúcar e álcool, que influenciou o saldo de março e mais fortemente abril”.
Setores e regiões
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de abril, 9 ficaram positivos, 10 negativos e 3 permaneceram estáveis.
Entre os positivos, os destaques ficam por conta dos segmentos alimentício (6.627), coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (2.083), produtos de borracha e plástico (1.919) e confecções e artigos do vestuário (1.051). Do lado negativo, o segmento que mais demitiu foi o de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1.455).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP. Por grande região, a variação no mês ficou positiva no Estado de São Paulo (0,39%) e no interior paulista (0,67%). Na Grande São Paulo, houve recuo de 0,09%.
O dado positivo foi percebido também em 22 diretorias regionais. Em Jaú (4,56%), o resultado foi influenciado pelo setor de e coque, petróleo e biocombustíveis (53,92%) e produtos alimentícios (4,79%); Santa Bárbara D’Oeste (4,50%), por produtos alimentícios (52,73%) e produtos de borracha e plástico (9,15%) e Sertãozinho (4,30%), por produtos alimentícios (6,22%).
Já as variações mais negativas foram registradas em São João da Boa Vista (-7,14%), influenciada por produtos de minerais não-metálicos (-5,12%) e produtos alimentícios (-0,25%); São Caetano do Sul (-2,10%), no rastro de veículos de autopeças (-5,56%) e de produtos de metal (-0,59%); Osasco (-1,94%), seguido por impressão e reprodução gravações (-12,30%) e produtos alimentícios (-5,45%).