INDÚSTRIA PAULISTA GERA 6,5 MIL POSTOS DE TRABALHO EM JANEIRO
O destaque setorial ficou por conta do segmento de produtos de borracha e de material plástico
Depois de perder 518 mil postos de trabalho nos últimos três anos, a indústria paulista registrou saldo positivo de 6.500 vagas em janeiro, variação positiva de 0,31% na comparação com dezembro de 2016, sem ajuste sazonal. Na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal, o valor foi -0,24%. O resultado positivo do mês é o primeiro registrado desde abril de 2015, quando foram feitas 6.000 contratações. Já na análise de janeiro deste ano contra o mesmo mês do ano anterior, a variação ficou negativa em 5,73%, com demissão de 132 mil trabalhadores. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).
O diretor titular do Depecon, Paulo Francini, espera que esse seja um sinal de recuperação. “Esperamos que a indústria volte a gerar novos postos de trabalho neste ano, aponta Francini. Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, “embora os sinais ainda sejam tênues, temos que comemorar o primeiro mês com geração de emprego depois de 20 meses de movimento negativo”.
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 15 contrataram, 3 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis. “Ou seja, 68% dos setores acompanhados tiveram crescimento. Esse dado pode ser um sinal de que finalmente estamos num processo de retomada da geração dos empregos, de que o Brasil tanto precisa”, explica Skaf.
A criação de 6.500 empregos pela indústria paulista é boa para o consumo, lembrou o presidente da Fiesp e do Ciesp. “Quando começa a ir bem aqui e ali, a recuperação se espalha.”
O destaque setorial ficou por conta do segmento de produtos de borracha e de material plástico, com aumento de 1.969 vagas, e o de confecção de artigos de vestuários e acessórios, que gerou 1.742 postos.
Regiões
Por região, a variação no mês ficou positiva no Estado de São Paulo (0,31%), na grande São Paulo (0,14%) e no interior (0,43).
Quando avaliadas as diretorias regionais, há resultado positivo para São Carlos (+2,16%), influenciado por materiais elétricos (5,92%) e produtos alimentícios (3,02%); Araraquara (+1,89%), no rastro dos produtos têxteis (3,75%) e de confecções e vestuários (3,31%); Jacareí (+1,46%), seguido por confecções e vestuários (12,50%) e produtos têxteis (2,35%).
Já as variações negativas ficaram com São Caetano do Sul (-2,41%), influenciadas pelo setor de veículos automotores e autopeças (-5%) e produtos de borracha e plástico (-1,42%); Matão (-1,78%), setores de máquinas e equipamentos (-2,09%) e produtos alimentícios (-2,56%) e Franca (-1,61%), setor de artefatos de couro e calçados (-4,38%) e produtos de borracha e plástico (-0,62%).